Nova unidade do Centro Oftalmológico de Minas Gerais (COMG) é inaugurada com andar exclusivo para o atendimento de consulta eletiva do Sistema Único de Saúde (SUS)

Pessoas que buscam por tratamento oftalmológico em Belo Horizonte pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ganharam, nesta segunda-feira (06/05), uma nova unidade Centro Oftalmológico de Minas Gerais (COMG), no bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte. Atendendo os pacientes nas mais diversas sub-especialidades da área oftalmológica, o COMG destinou um andar inteiro na sua nova unidade para o atendimento de pacientes de consultas eletivas do SUS.

A gerente de atendimento do SUS do COMG, Márcia Pereira, explica que o paciente, antes de chegar ao Centro Oftalmológico precisa ser encaminhado através de uma triagem do Posto de Saúde. “Não atendemos pacientes de emergência médica pelo SUS, apenas consultas eletivas. Então, o recomendado é que o paciente procure uma unidade de saúde de sua referência, passe por uma triagem e aí a central de marcação agenda esse paciente, não só no Centro Oftalmológico, mas como na rede de oftalmologia que atende ao SUS”, diz.

Com investimento de cerca de R$ 2 milhões, a unidade concentrará todas as consultas oftalmológicas, na nova unidade do bairro Lourdes, que passa por uma grande reforma. Esta nova unidade na rua Mato Grosso surgiu por uma necessidade do COMG de ter um outro espaço de atendimento. Mesmo assim, a administradora do Centro Oftalmológico, Betânia Maria de Meira, garante que a unidade recém-inaugurada, vai continuar funcionando mesmo após o término da obra.

“Este novo espaço vai nos permitir ampliar o nosso número de atendimentos de 20% a 30%, o que vai gerar um tratamento mais rápido aos nossos pacientes. Mesmo após a reforma da Unidade do Lourdes, vamos deixar o segundo andar deste novo espaço do COMG destinado para as consultas eletivas do SUS. O terceiro andar hoje atua no atendimento de convênios e particulares que provavelmente ficará aqui. Já as cirurgias do SUS continuam sendo realizadas na Unidade da rua Santa Catarina, em BH”, explica Betânia.

Consulta

Em novembro de 2012, a dona de casa Josefa Maria de Jesus, 83 anos, natural de Coronel Fabriciano, na região do Vale do Aço em Minas Gerais, fez a cirurgia de transplante de córnea pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do Centro Oftalmológico de Minas Gerais (COMG). Na época, ela teve que vir a Belo Horizonte para poder realizar o tratamento.

“Desde que fiz a cirurgia, a minha visão melhorou muito. Agora estou com uma irritação nos olhos, que é muito comum em quem já passou por essa cirurgia. Estou fazendo o acompanhamento médico aqui no Centro Oftalmológico. Gosto muito do atendimento dos médicos daqui, eles são educados e pacientes. Hoje, por exemplo, minha filha veio comigo. Dependo muito da ajuda dos meus filhos no dia-dia, apesar de gostar de fazer os serviços de casa, como lavar uma louça, diz Josefa.

Para o médico oftalmologista do Sbad Saúde, Eduardo Lessa, que trabalha há três anos no COMG diretamente com o SUS, afirma que os casos mais comuns são de estrabismo, de glaucoma, catarata congênita, problemas de retina, e faz um alerta importante sobre diabetes.

“Trabalhar com os pacientes de SUS é lidar com todo o tipo de história e de situação, por isso o acolhimento conta muito na hora da clínica. Mas, o que gostaria de chamar a atenção é a importância dos pacientes com diabetes procurarem acompanhamento médico. A diabetes interfere no fundo do olho, na retina, na pressão arterial dos olhos e, se o paciente não levar o tratamento a sério, pode até perder a visão”, diz Dr. Eduardo.

Dentro desta questão de saúde dos olhos, o Centro Oftalmológico também possui um projeto de atendimento de reabilitação de pessoas com baixa visão e perda parcial da visão, além de tratamento oftalmo pediatria que é um atendimento relativo novo, especializado no tratamento de doenças dos olhos do público infantil.

A instituição também ganhou um setor especializado em lentes de contato e ampliou o atendimento de 07h às 22h, o que era uma demanda de pacientes que trabalham o dia todo e não tinham tempo de ir ao médico no horário comercial.